Bem, mas não era só nas pistas de cimento que acelarávamos e onde sonhávamos ser como o nosso fã, o Gilles Vileneuve. Até tinhamos clube de fãs do Gilles e que chorou e de que maneira o seu desaparecimento. Galopávamos nos cabos das vassouras das mamãs indo que nem cavalos loucos pelos caminhos de terra do nosso bairro. Cruzávamos, a velocidades mil as ruas com os arcos dos barris que os kotas nos arranjavam nas oficinas do CFB. Enfim, sonhos de candengues que desfazíamos nas ruas da nossa cidade enquanto assistíamos ao acelerar dos bê émes e dos alfas durante 6 horas seguidas. Pópilas!
Desgostávamos, isso sim, não poder acelerar nos carrinhos de rolamentos que construíamos com ternura e amor. O nosso bairro era plano, não tinha subidas ou descidas que nos fizesse acelarar no alcatrão e travar até rasgar as sapatilhas para fazermos curvas mais pronunciadas. Lá se íam os sonhos que alimentávamos na varanda da casa amarela, segunda a contar do triângulo, do nosso bairro.
Sem comentários:
Enviar um comentário