Sempre que permaneço num hotel, seja cá dentro ou lá fora, confesso que nunca mais lhe recordo o nome nem a cadeia a que pertence. Mas há um que, apesar de estar e permanecer nele só por duas horas e aos sábados, me dá um grande prazer, um forte sentimento de bem estar. Não só pela qualidade do serviço que proporciona, pela forma como são atendidos os clientes mas também pela ternura que desperta e a alegria proporcionada a quem o frequenta. Além do mais o profissionalismo dos seus funcionários está acima da média e o bom gosto dos programas é uma marca de qualidade que não é possível transcrever para as estrelas que estão nas portas da entrada ou nos panfletos publicitários. Dir-me-ão que tem um recepcionista monárquico, que se zangou com Abel, irmão de Caim, e de quem o defendeu na Terra, mas que consegue estar em sintonia com um outro recepcionista mais aberto na relação recepcionista/cliente. Sempre com um sorriso, um forte amor pela vida, atento a todas as diferenças culturais dos clientes, foi o Pedro, assim se chama este homem atento, que um dia me proporcionou descobrir o dono da bela voz crioula das ilhas de Cabo Verde e que de mansinho entrava em todos os cantos do hotel e do meu quarto que tem um nome japonês, Mazda. O jovem cantor, embrenhado num doce canto crioulo de Santiago chama-se Tcheka e é só o vencedor do Musiques du Monde 2005 com o seu último disco "Nu Monda". Já agora o Hotel dá pelo nome de Hotel Babilónia, abre às 10 h de Sábado na Antena 1 e fecha ao meio-dia e os recepcionistas foram batizados (foram?) com os nomes de João Gobert e Pedro Rolo Duarte.
Partilho convosco o Tcheka ao vivo no Mindelo e que se encontra disponível no YouTube e aconselho-vos a frequentar o Hotel Babilónia.
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